Em seminário na sede da Abinee, a SP Negócios e a Abinee assinaram um Acordo de Cooperação Técnica para capacitar as empresas do setor elétrico e eletrônico instaladas em São Paulo a exportarem
O presidente da SP Negócios, Juan Quirós, afirmou hoje que as empresas brasileiras precisam de mais inteligência comercial dentro de uma estratégia de acesso aos mercados internacionais e inserção de seus produtos e serviços. Quirós participou do seminário “Desafios para Ampliar a Competitividade das Empresas Exportadoras no Mercado Internacional”, na sede da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), realizado pela SP Negócios – Agência de Promoção de Investimentos e Exportações do Município.
“Não adianta só capacitar as empresas. Precisamos ter uma estratégia de inserção. A primeira delas é a inteligência comercial, saber onde temos capacidades técnicas e sem restrições (tarifárias e não tarifárias, por exemplo) para colocar os nossos produtos e serviços e em quais mercados”, disse. De acordo com ele, o segundo ponto é o preço. “Para ter retorno, precisa comprar bem. A negociação de preço é a essência do sucesso”, resumiu.
Juan Quirós avaliou que o esforço empresarial para exportar pode estar dormente, devido também às grandes dificuldades que as empresas enfrentam ao tentar acessar mercados internacionais. “Nós perdemos a cultura da exportação, infelizmente. Você lê as notícias hoje e não vê mais os empresários falando em vender para o exterior. Precisamos recuperar isso, por meio desse e de outros convênios”, disse, em referência ao Acordo de Cooperação Técnica assinado entre a SP Negócios e a Abinee.
O presidente da Abinee, Humberto Barbato, classificou de “muito importante” o acordo com a SP Negócios, uma vez que o setor elétrico e eletrônico tem uma balança comercial muito deficitária e precisa exportar mais para reverter isso. “O mercado externo deve fazer parte do nosso modelo de negócios. Se existe um setor que tem um déficit muito grande é o nosso e queremos modificar isso, por meio de capitalização das empresas via atração de investimentos e também transformando o Brasil em plataforma exportadora para empresas multinacionais”, explicou Barbato.
“Esse acordo é muito importante porque vamos aumentar a capacitação das empresas e dar a elas a inteligência comercial para uma inserção mais tranquila no mercado internacional”, enfatizou Quirós. “Esse acordo também está atrelado à atração de investimentos, para melhorar a capacidade produtiva das empresas”, acrescentou.
O general Roberto Escoto, gerente de Investimentos da APEX Brasil, parceira da SP Negócios na realização do seminário, destacou a importância do conteúdo oferecido aos empresários. “Melhorar a competitividade das empresas brasileiras tem uma implicação na atração de investimentos, que vai possibilitar mais exportações e maior inserção das empresas brasileiras nas cadeias globais de valor”, disse Escoto.
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