Juan Quirós

NOTA DE ESCLARECIMENTOS

Eu, Juan Quirós, venho por meio dessa nota, prestar esclarecimentos sobre a falaciosa matéria veiculada a meu respeito na Folha de São Paulo, em 08/10/2016, repercutidas à época no Valor Econômico e RedeTV. A referida reportagem afirma, de maneira leviana, que eu teria sido pessoalmente responsabilizado, em ação judicial movida pela multinacional Continental, por dívida da Massa Falida da Serpal. Fui acusado, assim, de ter repassado bens a familiares para evitar que eles fossem alvo de credores.

As acusações constantes no referido não se sustentaram e, conforme esperado, o bloqueio cautelar inicialmente deferido foi extinto pelo Superior Tribunal de Justiça em decisão definitiva e transitada em julgado. O bloqueio de bens havia sido deferido de maneira provisória – a decisão que determinou o bloqueio analisou centenas de folhas de documentos em menos de 24 horas e sequer tive oportunidade de defesa antes da expedição da ordem -, já que a Continental alegava a existência de confusão entre o meu patrimônio, o patrimônio dos meus filhos e da Serpal, o que nunca ocorreu.

Esclareço, ainda, que o referido bloqueio acautelatório visava resguardar suposta dívida decorrente de procedimento arbitral movido em face da empresa Serpal, que também foi anulado pelo Poder Judiciário em primeira e segunda instância. Ou seja: a justiça está sendo feita e o atual cenário é completamente diferente daquele exposto pela Folha de São Paulo.

A formação do Grupo Advento (que incluía a empresa Serpal) deu-se de maneira absolutamente regular, com informações públicas e investidores do porte do Banco Credit Suisse e AIG Investimentos, que passaram a ser sócios e a participar da administração das empresas. Nunca ocultei ou transferi patrimônio algum. As movimentações patrimoniais que fiz – todas anteriores ao período em que fui sócio da Serpal – foram registradas e os impostos devidamente recolhidos.

Além disso, nunca geri isoladamente a Serpal e nem poderia, considerando o porte da empresa e a participação de diretores indicados pelos sócios Credit Suisse e AIG. Ao contrário do que induz a reportagem, também não existiu falha de gestão. A AIG quebrou nos Estados Unidos e não conseguiu honrar com os investimentos programados, desencadeando um efeito dominó. Além da falta de investimentos, o setor de construção civil passou por forte, notória e imprevisível crise, que afetou a Serpal e tantas outras construtoras e empresas do ramo. Acredito que a falência deu-se por uma soma de fatores, mas especialmente devido à crise e as dificuldades na obtenção de investimentos para as suas atividades.

Nas minhas atividades públicas e institucionais, como presidente da Apex-Brasil, conselheiro do BNDES, conselheiro do SEBRAE-SP e nacional,  vice-presidente da FIESP (hoje licenciado) e presidente do Lide Campinas (licenciado), nunca tive qualquer ato desabonador ou mesmo questionamentos quanto à lisura da minha conduta. Na Investe São Paulo atraímos investimentos que geraram empregos em São Paulo e ainda incentivamos as exportações das pequenas e médias empresas.

Fica claro que as falaciosas informações acima referidas, exclusivamente ligadas à atividade privada e às quais qualquer empresário está sujeito, surgiram após minha participação na vitoriosa campanha de João Doria à Prefeitura de São Paulo e, por isso, são exclusivamente motivadas por questões políticas. Surgiram justamente após a publicação de notas na Folha de São Paulo, informando que eu fazia parte da equipe de transição do governo Doria.

As tentativas sensacionalistas de imputar acusações à minha pessoa e de deturpar a minha imagem foram judicialmente combatidas através da demonstração da verdade dos fatos e caíram por terra.